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As maiores falhas de tecnologia de todos os tempos

Growthaholics #334

Você pode até debater quem voou primeiro, mas não há dúvida de que Santos Dumont e os irmãos Wilbur e Orville Wright tinham um ponto, certo? Sim, em algum lugar, tenho certeza de que um empreendedor de palco está usando esse exemplo para falar de tentativa e erro. E tá tudo bem.

Mas o que pouca gente lembra é que Orville, o irmão mais novo, foi o primeiro envolvido em um acidente fatal na história da aviação — em um voo de demonstração do produto. Tudo isso para dizer que às vezes as coisas dão errado “big time” assim. E entender a razão para os desastres é o que torna as caixas-pretas um instrumento de aprendizado poderoso na aviação.

No episódio de hoje, eu convidei o meu amigo e founder da Sambatech, Gustavo Caetano, para fazer justamente esse exercício com falhas de tecnologias que nem chegaram a decolar ou tiveram voos bem curtos. Vale a pena escutar!

 

Eu sei quem tirou foto com o Google Glass

Ser early adopter de algum produto tem lá seus riscos. Pelos idos de 2013, poucas coisas eram mais descoladas do que ter uma foto vestindo um Google Glass. Se fosse diretamente do Vale do Silício, pode ter certeza de que a postagem ia bombar.

Fato é que a visão do Google para esses óculos nunca atingiu a usabilidade necessária para o caro gadget (lançado por US$ 1,5 mil apenas para uma primeira leva de “exploradores”) virar o foco da divisão de hardware da gigante das buscas.

Isso não significa que uma visão semelhante não possa ser aplicada em outros cenários. Com uma pegada direcionada para usos industriais, o HoloLens da Microsoft teve mais sucesso em materializar a ideia de óculos de realidade aumentada/mista que entreguem informações ao estilo head-up display para consumidores.

E, mesmo assim, há poucas informações sobre os números de venda desse produto — o que deixa aquela pulga atrás da orelha de quem já conhece o mercado de tecnologia. Ainda mais com a MS abraçando ChatGPT e apontando mais para um futuro guiado por IA do que colocando suas fichas no metaverso.

Timing, mercado e maturidade

Mais importante do que as anedotas tecnológicas, vale a pena se debruçar sobre as mensagens que existem por trás desses erros. Sim, algo como uma visão pragmática da “moral da história” de produtos que deram errado. Especialmente se você pretende inovar na sua trajetória de empreendedorismo.

Afinal de contas, se você está fazendo algo pela primeira vez, é bem pouco provável que esteja fazendo da forma mais eficiente.

Além disso, mergulhando nesse mundo da inovação, você se depara com alguns tesouros que estão fora do próprio tempo. E, sim, a inovação tem muito a ver com timing: o produto certo encontra a demanda certa nas condições propícias de mercado.

Às vezes, mesmo no timing ideal, a velocidade da inovação é maior que a evolução do produto. Dois exemplos da geração pré-Netflix: as TVs de plasma e o HD DVD. Em ambos os casos, as tecnologias funcionavam, tinham vantagens sobre o que veio antes, mas foram totalmente atropeladas pela evolução tecnológica.

No caso das TVs de plasma, os modelos de LCD e OLED logo as superaram em tecnologia (e preço). Já o HD DVD foi superado rapidamente pelo formato Blu-Ray, que foi superado ainda mais rápido pelos formatos digitais. Alguém aí tem um aparelho leitor de DVD em casa?

Erro meu ou falha nossa?

Se tem uma coisa que podemos aprender com os erros de tecnologia é que, por vezes, as ideias vão sendo remixadas e emplacam poucos anos depois. Aconteceu assim com praticamente todos os dispositivos que você usa no dia a dia: do computador ao speaker inteligente, passando pelo smartphone, é claro.

Um bom lugar para visitar algumas das ideias que marcaram época (ou nem tanto) na internet é o cemitério de produtos da Google. Além de aprender e se inspirar, é uma dose necessária de choque de realidade, em especial para times de startups que não querem lançar o MVP porque “ainda não está pronto”.

Importante: nenhuma falha ou product owner foi maltratado na redação desta newsletter.

Tem muito mais histórias para desbravar nesse assunto. Dá só uma olhada na seção #Big Numbers:

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