Logo Ace Ventures
EnglishPortugueseSpanish

As tendências das HRtechs para 2023 | Growthaholics #174

Vamos fazer uma aposta? Pergunte para qualquer C-level qual é o principal ativo da empresa em que trabalham. A barbada é que mais de 90% vão ter a resposta na ponta da língua: “as pessoas são o principal ativo da minha empresa”.

Mesmo que essa visão — que já virou clichê — seja verdadeira, é provável que ela não seja colocada em prática. Na edição de hoje, vou falar mais sobre como as HRtechs podem ajudar a transformar essa frase em cultura corporativa no mundo real.

E é com essas boas-vindas que eu convido você para conhecer a nova Growthaholics, mais analítica e afiada do que nunca. Vem comigo!

É insight que você quer, @?

No papo da Growthaholics desta semana, conversei com Marcelo Nobrega, especialista em Inovação e Tecnologia para RH, que já passou por grandes do mercado como LATAM Airlines e McDonald’s. O tema principal foram as tendências do mercado de HRtechs em 2023.

URGENTE: altíssima taxa de sacadas por minuto!

 

“There’s a revolution”, já diria o The Cult

Em algum momento, o ecossistema de startups de RH se tornou parecido com o que vivemos no mundo do streaming. O que eu quero dizer com isso é que não existe mais apenas a Netflix no cardápio de plataformas de entretenimento on demand, não é mesmo?

De forma semelhante, as companhias hoje têm uma gama riquíssima de HRtechs para as auxiliar com os mais diversos aspectos da cultura corporativa — da folha de pagamento aos KPIs dos times, passando por recrutamento. Aqui me parece um bom momento para fazer um alerta e compartilhar duas ótimas notícias. O alerta é que provavelmente será cada dia mais estratégico o foco em plataformas abertas, integrações via API e gestão eficiente de data lakes — por conta do caráter fragmentado e cheio de diferentes soluções.

Isso significa que aquele sistema monolítico que engloba absolutamente tudo à la Senhor dos Anéis (um ERP to rule them all) é coisa do passado? Não necessariamente. Até porque alguns players do setor já abriram a carteira para comprar soluções complementares e buscam uma abordagem de one stop shop da experiência de colaboradores. O quanto essa estratégia pode ser efetiva são outros quinhentos — que dependem de cenário, execução e algumas outras variáveis.

Choque de cultura

Eu prometi duas ótimas notícias, então aqui vão elas, pela ordem. A número #1 é que o RH ganhou outro patamar e está cada dia mais próximo da liderança estratégica das empresas. Foi-se o tempo em que diretores chamavam os times de recursos humanos só na hora das grandes demissões. Com a concorrência cada dia maior por talentos, o protagonismo desse tipo de profissional — e as oportunidades para startups — está por todos os lados.

Depois de anos estanque, o mundo do trabalho mudou: muitas empresas tradicionais perderam gente boa para as startups — seja porque profissionais querem se conectar com um propósito, seja pela oportunidade de ter mais impacto com o trabalho, seja por um estilo de vida longe do tão antiquado comando e controle.

A verdade é que há uma verdadeira revolução cultural acontecendo (antes mesmo da pandemia). O RH é muito protagonista desse momento e, observando a curva, só tende a ganhar ainda mais importância.

Ainda não arranhamos a superfície

A boa nova #2 é que as HRtechs estão distantes de ter alcançado o potencial completo. Podemos dizer que a primeira geração dessas startups focava eficiência operacional: fazer melhor tarefas que já eram realizadas. Agora, estamos pensando em startups que trazem abordagens diferentes para a mesa — people analytics, novas metodologias para avaliação etc.

O próximo passo são as HRtechs que vão reinventar os negócios. E, aqui, estamos falando de mais do que só adição de tecnologia. O papo é sobre repensar a forma de contratar, trabalhar ou acompanhar a experiência de um colaborador. Dois casos para quem acha que a conversa está muito abstrata.

O primeiro deles é da HRtech Deel, que permite contratar profissionais de qualquer lugar do mundo dentro da legislação local. A startup faz todo o meio de campo para que você contrate, por exemplo, uma pessoa programadora do Equador. Pense que, se essa não é uma dor tão latente a princípio, pode ser uma baita oportunidade de preencher uma vaga parada há tempos.

Exemplos? A gente vê por aqui

Outro exemplo interessantíssimo diz respeito a um aspecto-chave na competitividade das empresas: o treinamento de colaboradores. Que tal se toda pessoa do seu time tivesse um coach acompanhando a evolução dela? Para escalar esse treinamento, tem gente usando chatbots e inteligência artificial.

Por falar nisso, data analytics e inteligência artificial com certeza vão permitir novas abordagens para que as companhias possam ir além do status quo. Com um cenário em que reter e engajar colaboradores é cada dia mais desafiador — alô, quiet quitting — é bom que as HRtechs realmente cheguem com all guns blazing.

Dou alguns dados

Os big numbers da semana vêm complementar essa visão a partir de um report da McKinsey sobre uma das principais dificuldades das companhias em 2023 (e futuro): retenção de talentos. Acontece que a situação nos EUA anda bem complicada. Profissionais seguem dispostos a abandonar os postos de trabalho mesmo em um momento de incerteza econômica. Em outubro de 2022, o número de pessoas deixando empresas foi superior a 600 mil em comparação com fevereiro de 2020 (pré-pandemia).

Tem muito mais dados sobre o assunto logo a seguir. Dá só uma olhada na seção #Big Numbers:

Quer compartilhar esse infográfico nas suas redes sociais? Pode salvar e marcar a gente!

Assine nossa Newsletter

Toda segunda-feira, receba as melhores notícias sobre inovação, empreendedorismo e venture capital. Além de comentários do Pedro Waengertner, você também recebe materiais e conteúdos exclusivos da ACE.

Nomes que irão te inspirar no ACE Summit 2024

26 de julho de 2024 – São Paulo