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As 5 metodologias para startup que podem alavancar o seu negócio

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Tem alguns assuntos que estão sempre na moda no ecossistema de inovação e empreendedorismo. Um deles com certeza é o uso de metodologias para startups. É claro que toda metodologia tem suas vantagens e desvantagens e o objetivo de hoje é ajudar você a formar uma visão crítica sobre o assunto.

Afinal de contas, ninguém precisa de profissionais que se tornam meros executores de receita de bolo, certo? Para debater o bom uso de metodologias e em quais vale a pena se aprofundar, convidei dois amigos de longa data: Felipe Collins, Head de Marketing da QI Tech, e Marcelo Furtado, co-founder da Convenia. Pegue o seu playbook e venha comigo!

 

Metodologias para startups

Uma metodologia é algo parecido com uma prescrição de receita médica. Ou seja, você não pode só copiar uma receita de um paciente e dar para outro, achando que vai ter o mesmo efeito. Tem mais, mantendo a analogia, as pessoas que empreendem deveriam estar no papel dos médicos e não dos pacientes. O que eu quero dizer com isso é que pegar uma metodologia e simplesmente aplicá-la na sua startup de maneira indiscriminada é um erro.

 

Metodologias e contextos

Atualmente, é comum ver algumas startups que ignoram algumas das perguntas que eu listei ali em cima. Talvez, a principal delas seja justamente a questão acerca do contexto. Esse é um fator primordial para saber se uma metodologia funciona ou não para o seu negócio. Ou seja, uma estratégia de vendas pode funcionar muito bem em um mercado e com um produto específico.

Nem sempre a metodologia leva em conta a infinidade de maneiras pelas quais as startups podem dar errado. Quer um exemplo? Poucos livros tiveram tanto impacto no ecossistema quanto “A Startup Enxuta”, do Eric Ries.

Em linhas bem gerais, Ries aponta que os empreendedores precisam estar mais próximos dos clientes, fazer mais com menos recursos, realizar experimentos (os MVPs) e pivotar conforme a necessidade. Ok, dá para dizer que a metodologia Lean é um avanço, mas não é uma “bala de prata”.

 

O manual da criação de startups

O business model canvas é uma metodologia que faz um baita sucesso em eventos de startups. Em resumo, estamos falando da ideia de ter uma única página onde o empreendedor coloca o que mais interessa do plano de negócios: o pensamento estratégico da empresa. Dá para considerar o business model canvas como uma oportunidade de visualizar pontos chave do negócio, de uma maneira visual, resumida e que dá um contexto macro.

O problema é achar que o trabalho acaba na hora que a sua página está completa. Na verdade, a metodologia pode ser vista como uma espécie de “gerador de hipóteses”, no sentido de os interessados precisam confirmar os vários pontos do canvas com o mercado. E, ao mudar uma dessas características (canais, por exemplo) todas as outras precisam ser validadas novamente.

 

Agilidade: expectativa versus realidade

A metodologia Agile (e suas variações e vertentes) foca em quatro valores: interações entre times e pessoas, adaptação à mudança, que é mais importante do que ter um plano, colaboração com os clientes e software em funcionamento, ou seja, melhor do que fazer uma documentação extensa é colocar o produto para rodar.

O método ágil tem vários pontos positivos para uso. O problema começa quando usamos esse tipo de solução para qualquer departamento ou empresa. Mais uma vez, fica difícil imaginar que uma só metodologia ou forma de realizar uma tarefa é suficiente para se encaixar em qualquer contexto.

A regra aqui é disciplina para usar o método e adaptabilidade para usar o que funciona para o seu time. Um exemplo “vida real”: um time financeiro que usa Scrum e só paga as notas fiscais que “estão na Sprint”.

Igualmente perigoso é quando grandes empresas tentam adaptar o “jeito ágil startup” em suas estruturas de uma forma simulada, levando só os processos no lugar dos princípios do Agile.

 

Para fechar, algumas lições:

  • Mais importante por trás da metodologia é o princípio por trás dela. Ou seja, a lógica de existência dela é mais importante do que seguir as regras literalmente.
  • Muitas vezes, seguir um passo a passo é a melhor forma de aprender uma coisa. Um erro comum é pegar uma metodologia e esquecer as camadas e camadas de ensinamentos de negócios que tornaram essa ferramenta possível.
  • Além de ouvir os clientes, as startups bem-sucedidas exigem organização, tecnologias e estratégias fortes.
  • Adapte o que funciona para o seu time, mas evite engessar demais processos ou ferramentas fora de contexto.
  • Cuidado para não se tornar um mero repetidor de clichês ou “serial playbooker”.
 

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