Growthaholics #341
A imagem é caricata, mas retrata bem profissionais de inovação dentro das empresas: aquele tipo de pessoa sagaz e persistente, sempre com “a pasta debaixo do braço” tentando convencer as lideranças da importância dos projetos para o futuro da companhia.
Quem assume a tarefa de olhar os negócios de um ponto de vista abrangente precisa vender uma visão de futuro que vai além de planilhas e apresentações. No episódio de hoje, eu conversei com duas dessas pessoas na linha de frente da inovação: Helaindo Guimarães, Innovation Ecosystem Manager na Ambev, e Denis Chamas, Head de Inovação da Nestlé.
Dê play e aproveite o episódio!
Um link com o futuro da inovação
Ao contrário do que você pode pensar, um líder de inovação não é um rockstar. Curiosamente, uma das partes mais relevantes do trabalho de quem quer inovar é bem trivial. Basicamente, vender novos conceitos e projetos tanto para a diretoria das empresas quanto para os outros times da envolvidos é seu café da manhã. Por isso, o “dia 1” de quem se senta em uma cadeira de liderança em inovação passa necessariamente por alinhar projetos com a visão de posicionamento estratégico das empresas.
Até porque, se o resultado esperado durante esse ciclo é uma melhoria de eficiência ou a criação de novos produtos, não adianta vender um baita projeto de inovação em marketing ou posicionamento da empresa. Resumindo, a visão da liderança é justamente o que vai delimitar a arena de crescimento que será possível explorar. Por exemplo, o case da Ambev. As iniciativas de conexão com o ecossistema de inovação da empresa se conectam com uma porção de verticais, desde biotechs até edtechs.
Inovação é construção
Ou seja, o pulo do gato é organizar esse trabalho em conjunto com as startups para que ele não fique apenas no campo das ideias. Lembre-se do que eu falei ali em cima: inovação boa é aquela que gera resultados. Em especial, qual é a troca que essa ponte com essas companhias cria para dentro do seu negócio.
Assim, é algo que eu chamo de “construir o seu equity de inovação”. Traduzindo: o bom e velho prometer e entregar que soa como música para qualquer gestão. Essas pequenas vitórias são necessárias para que o profissional de inovação consiga cada vez mais capital para projetos maiores e mais ousados. É aquela coisa, até os Beatles começaram tocando em festa de quermesse.
Ou, para quem gosta de música brasileira, é preciso construir “tijolo com tijolo num desenho mágico”, como já diria o inovador Chico Buarque.
A sinfonia da inovação
Um erro comum de quem chega a esse mercado é não entender o contexto das diferentes áreas da empresa e achar que têm que mudar tudo, mesmo sem saber o que é esse tudo. Porque, no mundo da inovação, assim como no mundo da música, é importante entender como a banda toca antes de querer mudar o tom.
Por fim, uma lição que vem diretamente da Nestlé é que a cadeira de quem quer trabalhar com a inovação nunca vai ser tranquila. Você vai estar sempre trabalhando com algo novo, com projetos que nunca foram feitos antes. É um trabalho quase tão fascinante quanto se apresentar em uma arena para milhões de pessoas.
Ok, pensando bem, inovadores são um pouco rockstars sim. Para resumir:
- Comunicação é essencial: convencer, colaborar e engajar áreas diferentes é o básico.
- Expectativa x realidade: não adianta querer inovar fora da visão que vem das lideranças.
- Não comece do zero: a inovação acontece em outras áreas, entenda como aproveitá-la.
- Equity de inovação: ganhe confiança e capital com pequenas vitórias — e escale a partir daí.
- Não existe “trabalho tranquilo”: tocar projetos que nunca foram feitos é uma aventura.
A seguir trouxemos dados valiosos sobre o momento da pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil. Garanto que você vai tirar ainda mais insights interessantes. Confira!
Tem muito mais pano para manga nesse assunto. Dá só uma olhada na seção #Big Numbers:
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