Logo Ace Ventures
EnglishPortugueseSpanish

As novas fronteiras de tecnologia para startups no Brasil

Growthaholics #342

O que você pode aprender com as startups que estão atuando nas fronteiras da tecnologia no Brasil? Basicamente, essa pergunta foi o ponto de partida do episódio especial de Growthaholics que você confere a seguir.

Para responder, tive o prazer de bater um papo com Nayam Hanashiro, CTO da Bolsa OTC Brasil, Guilherme Assis, CEO do Gorila, e Guilherme Rocha, analista de Venture Capital da ACE, sobre como construir e escalar um negócio – e quais inovações tornam essa jornada possível. Vem comigo!

“Tecnologia é só um meio”

Quem navega pelo mundo das startups já ouviu essa frase pelo menos uma dúzia de vezes. Na verdade, essa máxima vale para quem está na fronteira do desenvolvimento (e da regulamentação) de novos mercados. Esses fundadores têm desafios que podem ensinar muito para os negócios de todo o ecossistema de inovação.

Por isso, conversei recentemente com algumas pessoas que estão nessa fronteira. Guilherme Assis, CEO do Gorila, é uma delas. A startup organiza informações do mercado financeiro para que os clientes (pessoas físicas ou empresas) tomem as melhores decisões de investimento. Uma lição importante de quem está desbravando os mares do Open Finance usando inteligência artificial de forma intensa:

“Se você não tem a cultura certa, o processo de produto não funciona. Ainda mais quando você começa a escalar a empresa. Os maiores aprendizados são: dar mais valor à cultura e se cercar de gente boa que tenha experiência nesse processo [de desenvolvimento de produtos]. Você pode economizar quatro ou cinco anos e, eventualmente, essa é a diferença entre a vida e a morte [da sua startup]”.

Repare como Guilherme nem cita tecnologia nesse processo de descoberta. Ele aponta que em alguns casos é melhor não ter uma métrica na hora de escalar e desenvolver o produto do que olhar para “o mapa errado”, com métricas que não são as corretas.


As tecnologias que impulsionam o futuro

Outro convidado desse papo foi o Nayam Hanashiro, CTO da Bolsa OTC Brasil. A startup toca numa dor bem simples com uma solução complexa: tokenizar ativos digitais para resolver a dificuldade de empresas médias e pequenas para captarem recursos. A startup está operando atualmente no Sandbox Regulatório do Banco Central.

No caso da Bolsa OTC, o time ainda está operando dentro de um mercado que está se moldando, o que significa que até encontrar os clientes ideais requer muito relacionamento. “O ecossistema blockchain e crypto é fechado. Em um tema tão focado e tão direcionado, nós fazemos uma prospecção mais direcionada, para os atores que já passaram por uma curva de educação”, conta Nayam. Essa preocupação com educação do mercado é inclusive um dos focos de marketing da startup.


Lições direto das trincheiras

Não poderia conversar com quem está na linha de frente sem perguntar sobre tecnologias que possibilitam essa inovação e tendências. As respostas foram:

“O coração da nossa solução é a computação em nuvem distribuída, gerenciamento criptográfico para trazer mais eficiência para o mercado financeiro e ter um produto atrativo para as duas pontas: acesso a capital mais barato para a pequena empresa e, por outro lado, um token (produto de investimento em renda fixa, por exemplo) mais atrativo para o investidor. Usamos uma infraestrutura dentro da AWS que gera ganho para toda a cadeia”, Nayam Hanashiro, CTO da Bolsa OTC Brasil.

Aqui, Guilherme Assis, CEO do Gorila, comenta: “Todas essas novas tecnologias só são possíveis porque existe a nuvem. Em especial, para nossa empresa escalar horizontalmente. Não adianta ter um monte de squads se você tem um monólito – a tecnologia tem que conversar com o negócio. Falando de  IA, é absurdo o que dá para fazer dentro desse campo. Estamos fazendo com que todo o time use ferramentas em algum nível para ficar mais produtivo. O que você ganha de tempo com certeza vai mudar dinâmicas no mercado”.

Para resumir os aprendizados:

 

  • Cultura é (ainda mais) importante para quem está na fronteira da inovação.
  • Tecnologia precisa estar conectada com os negócios.
  • É preciso entender os canais e para quem a sua inovação é ideal.
  • Ter a flexibilidade da nuvem para escalar é essencial.
  • Inteligência artificial pode otimizar todas as áreas da startup.


Para saber mais da jornada de empreendedorismo dessas duas feras, confira o episódio desta semana do Growthaholics!

Tem muito mais pano para manga nesse assunto. Dá só uma olhada na seção #Big Numbers:

Quer compartilhar esses infográficos nas suas redes sociais? Pode salvar e marcar a gente!

Assine nossa Newsletter

Toda segunda-feira, receba as melhores notícias sobre inovação, empreendedorismo e venture capital. Além de comentários do Pedro Waengertner, você também recebe materiais e conteúdos exclusivos da ACE.

Nomes que irão te inspirar no ACE Summit 2024

26 de julho de 2024 – São Paulo