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Quais são as vantagens dos novos modelos de trabalho?

Growthaholics #340

Um desafio para quem se acha bom de argumentação: convencer um gestor de que reduzir em 20% as horas trabalhadas no mês, sem diminuição de salário do time, é uma boa ideia. A proposta de uma semana de 4 dias faz isso com argumentos que vão da saúde mental até o ganho de produtividade.

Mas é claro que o tema é mais complexo que isso. Para fugir de conclusões óbvias, convidei duas pessoas que estão por dentro do assunto para o episódio desta semana: Sylvestre Mergulhão, CEO da Impulso, e Lara Leite, Head de Pessoas na ACE.

Eu tenho certeza de que essa discussão vai bater ponto nas mesas de reunião do Brasil em breve. Vem com a gente ficar por dentro da questão!

Os novos modelos de trabalho

Menos dias, mais produtividade, saúde mental e física de colaboradores, nenhuma perda para as empresas. Até aqui, parece que a jornada reduzida é justamente o que precisamos para remodelar o modelo de trabalho, não é mesmo? Na verdade, a realidade do mercado é um pouco mais complexa.

Resumidamente, a ideia ainda está engatinhando, mas empresas como a gigante Unilever estão testando o formato. Porém, vale lembrar que a companhia está trabalhando com um grupo controlado de apenas 80 profissionais para coletar dados sobre essa mudança.

Alguns países têm testado o modelo com resultados positivos até aqui. A isso, some o modelo de trabalho distribuído, no qual colaboradores economizam tempo de deslocamento e operam de forma assíncrona, e há motivos para empolgação.

O outro lado dos novos modelos de trabalho

Em suma, o argumento de quem ainda não brilhou os olhos para a ideia é bastante direto ao ponto: por ora, não há provas de que essa redução de carga horária esteja diretamente relacionada com produtividade. Ao menos, não necessariamente. Por outro lado, outro argumento comum em quem ainda é reticente em relação ao formato é a lembrança da jornada de trabalho francesa, alterada para 35 horas semanais em 1998.

Sabe o que aconteceu por lá? Após um breve efeito de impacto, a legislação se tornou ineficaz e passou a incorporar uma série de exceções e brechas para que fosse possível trabalhar além da jornada oficial, segundo especialistas.

Ou seja, durante a última década, o crescimento da produtividade ficou estável, e a queda do investimento empresarial durante a pandemia sugere que essa tendência vai continuar. Some a isso o momento de realinhamento que grandes companhias e startups buscam para fazer mais com menos e temos um cenário capcioso para essa proposta.

Devo adotar um dos novos modelos de trabalho?

Em outras palavras,  mesmo quando tivermos dados suficientes, será difícil acreditar em uma solução “bala de prata” para todo o mercado. Manter o foco e entregar resultados sempre vai ser um desafio para qualquer time, independentemente de quantas horas ou dias da semana sejam úteis.

Com certeza vai ser interessante revisitar essa discussão com mais experimentos e dados concretos para comentar. Até mesmo sobre as diferentes modalidades — e profissões — testadas. Por exemplo, em alguns lugares, a redução de jornada vem acompanhada de uma redução na remuneração. Em outros casos, apenas a jornada tem um corte.

Para mergulhar na fotografia de momento, listamos alguns números bastante interessantes sobre a carga de trabalho pelo mundo e quais são os benefícios e as controvérsias da semana de 4 dias. Confira!

 

Tem muito mais pano para manga nesse assunto. Dá só uma olhada na seção #Big Numbers:

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