Growthaholics #333
Será que estamos à beira de uma revolução tecnológica? Com tantas mudanças acontecendo, é difícil determinar quando termina um ciclo e começa outro. Mas a história dá algumas dicas de que tecnologias como a inteligência artificial estão mudando conceitos e quebrando barreiras.
No episódio desta semana, convidei o Carlos Pessoa, Managing Director da GP Investimentos e baita referência quando a gente fala de inovação e empreendedorismo no Brasil. Durante o nosso papo, vamos tentar entender em que ponto estamos e o que podemos esperar das fronteiras do conhecimento.
Como se preparar para a próxima revolução tecnológica?
Em um tempo curtíssimo, empresas de inteligência artificial conseguiram massificar tecnologias e atrair capital financeiro. É de se esperar que, nos próximos anos, sejam formados grupos que liderem o campo e aumentem os investimentos — chegando a um alto nível de especulação.
Ainda é viável pensar na possibilidade de esse ambiente especulativo gerar uma crise e dar início a uma nova fase tecnológica. Pensando no barulho que o ChatGPT fez, é de se imaginar que estamos a caminho desse cenário que descreve uma revolução tecnológica, segundo a pesquisadora Carlota Perez, autora de Technological Revolutions and Financial Capital.
A especialista propõe um modelo no qual, a cada 50 anos, o cenário se repete e existe um novo Big Bang tecnológico. Beleza, estamos à beira de uma revolução, e a inteligência artificial deve ter papel fundamental nela. Até aqui estamos todos na mesma página.
Mas o que mais podemos falar sobre o assunto?
Anatomia de uma revolução
Nenhuma dessas grandes rupturas acontece em um vácuo. Trocando em miúdos, entender o contexto e como é possível se conectar com essas tendências pode garantir que a sua ideia ou o seu negócio se adapte, surfe a onda e (mais importante) sobreviva.
Tendo em vista isso tudo, bora fazer um exercício rápido. Qual destas evidências indica que estamos mais próximos de uma revolução?
- Estamos vivendo uma fusão de tecnologias emergentes, como a evolução de espaços e das interações e experiências híbridas físico-virtuais. É só imaginar o salto do trabalho distribuído e da volta (híbrida quase por padrão) aos escritórios. Sem mencionar metaverso e outras iniciativas.
- Falar de IA é barbada, né? Os avanços em ferramentas, tecnologias e aplicativos de inteligência artificial não só demonstram o potencial da automação como estão ganhando casos de uso cada dia mais palpáveis para pessoas e empresas.
- O crescimento exponencial na coleta de dados corporativos e pessoais também já despertou o interesse público e legislativo para regulamentar essa esfera.
- Tecnologias capacitadoras críticas, como modelos de fundação e computação neuromórfica, estão permitindo um avanço tecnológico sem precedentes. E promovendo novos negócios e oportunidades de monetizar essa tecnologia.
Dissecando as tendências
Trazendo o papo para o dia a dia de quem é executivo ou empreendedor, o desafio vai além de apostar em uma ou outra tendência — ou só contratar o máximo de devs possível. A sacada é pensar como todas essas tecnologias podem criar novas possibilidades quando combinadas. Basta dizer que a tecnologia queridinha do momento é fruto de duas grandes evoluções da inteligência artificial (IA) e do processamento de línguas naturais (PLN).
Na semana passada, falei sobre o ChatGPT. Um dos feedbacks que tive no LinkedIn (se você ainda não me segue, o link é este) é de um time que está usando a ferramenta para desenvolver os cold mails do marketing. Ou seja, tecnologia de ponta gerando eficiência em uma tarefa ingrata para um humano.
O cardápio de possíveis combinações é extenso, mas não deve deixar empresas paralisadas. A criatividade na hora de misturar tecnologias, aplicações e o foco de raio laser para resolver uma dor real vai moldar o futuro. Disso eu tenho certeza.
Tem muito mais dados sobre o assunto logo a seguir. Dá só uma olhada na seção #Big Numbers:
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