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É possível crescer sem investimento?

Este foi o conteúdo da edição n° 353 da newsletter Growthaholics. Caso queira receber em primeira mão o conteúdo toda segunda-feira, torne-se um assinante de forma fácil e gratuita!

Um dos meus objetivos para o Growthaholics neste ano é estar mais próximo de vocês que acompanham o podcast. Foi daí que surgiu a ideia de responder a algumas das perguntas que eu costumo receber na minha caixa dia sim e dia também.

O episódio não conseguiu cobrir todas as dúvidas, mas escolhi algumas que representam dificuldades abrangentes do ecossistema de empreendedorismo. Meu companheiro nessa empreitada foi o Pedro Carneiro, partner da ACE Ventures. Certamente uma dessas perguntas pode ajudar o seu time ou a sua startup!

Antes da dar o play, eu tenho um recado para quem é fã de carteirinha do podcast: para saber quando o nosso episódio sai em primeira mão, clique neste link aqui e faça parte da nossa rede de transmissão do WhatsApp!

 

Dúvidas de empreendedores

Direto ao ponto: a cabeça de um empreendedor processa milhares de perguntas por segundo. E nem sempre as respostas são óbvias. Foi assim que chegamos aqui: vocês têm perguntas, e eu e o time da ACE Ventures imaginamos alguns cenários para respondê-las. Bora lá?


#1 É possível crescer sem financiamento?


Sim, é possível. O trabalho de financiamento e capital de risco é relativamente novo na história dos negócios globais. Ou seja, não existe vergonha alguma em tocar o negócio com capital próprio. O que nós observamos hoje é que essa frente de venture capital surgiu por conta dos negócios de tecnologia, que têm uma velocidade e um potencial de crescimento muito mais rápido.

Duvida? Pode puxar o histórico de várias das big techs. O capital que essas marcas levantaram (no caso das que levantaram) era infinitamente menor do que as cifras que comentamos hoje. Trazendo para a realidade local, o financiamento não é a realidade de boa parte dos empreendedores do Brasil. O cheque não é necessariamente o que vai fazer o negócio crescer.

 

#2 Qual é o caminho para crescer e se estabelecer em uma carreira de inovação?


Essa é uma boa pergunta porque muita gente tem uma visão idealizada do que é inovar e empreender. Como se fosse uma questão de aprender metodologias e sair por aí “inovando”. Isso não poderia estar mais distante da realidade. É óbvio que tem bastante teoria e metodologia, mas acredito que nada substitua o “colocar a mão na massa”.

Se você quer aprender a nadar, não adianta ler um livro ou fazer um MBA. Por mais que o estudo formal seja importante e dê ferramentas, a primeira coisa que você precisa fazer é entrar na piscina. Empreender é a mesma coisa — inovação é uma faceta disso. É claro que vale aprender as metodologias, mas, se for estudar, busque a história dos negócios e de empreendedores. O fato de ter uma vivência com empreendedorismo ou inovação faz que você aprenda tais teorias de um jeito muito melhor.

E entre na piscina.
 


#3 Que dicas você tem para profissionais migrando de outras carreiras para a inovação?


A primeira coisa que você deveria pensar é: por que você quer fazer essa migração? Inovação aberta não se resume a ideação e eventos com startups. No fim do dia, é gerar valor para os negócios por meio de agentes externos. Fazer a mudança tem muito a ver com como você ganha experiência nessa área.

Isso passa por você se voluntariar em ONGs, entrar para a comunidade de inovação mais próxima da sua cidade, participar de eventos e procurar cursos — a própria Future Dojo tem cursos nessa área — relacionados para colocar o tema no seu currículo. A sacada é a seguinte: você consegue chegar no 5% mais bem qualificados de uma carreira com um pouco de estudo e experiência. A diferença é que saltar dos 5% para o 1% é um processo que leva anos e muito esforço.

Para finalizar, um dado legal é que na ACE Ventures, por exemplo, mais de 50% das pessoas que nós contratamos não são da área.
 


#4 Em tempos de eficiência, como manter o orçamento de inovação protegido?


Para quem está inovando dentro das empresas, essa é uma questão fundamental. Um bom momento para iniciar é mudar a ideia de que o time de inovação é “incompreendido”. A verdade é que o trabalho de quem está nessa área é servir ao negócio da empresa. Por isso, é preciso respeitar o momento do negócio.

Em tempos de retração, é normal que os orçamentos de H2 (negócios adjacentes) e H3 (negócios mais distantes do core business da empresa) recuem. Isso não quer dizer que você deve deixar de trabalhar com eles. Acredito que o profissional de inovação precisa trabalhar para conquistar um “equity de inovação” — construir credibilidade dentro da empresa para tocar os projetos. Ou seja, provando valor ao resolver um problema de curto prazo e demonstrando resultados consistentes.

O mantra é foco em entregar resultados de curto prazo que sejam mensuráveis e construir um “equity de inovação”.
 


#5 Como rentabilizar e transformar em serviço algo relacionado com o seu propósito?

Aqui temos um ponto interessante, que é o empreendimento por propósito. Provavelmente, essa paixão é o que vai levar você mais longe. No fim das contas, é um elemento que serve muito como combustível.

Uma das formas de olhar para essa questão é encontrar um cliente e um público que vejam valor no que você está oferecendo. Encontre nichos que vejam os benefícios do seu serviço em vez de tentar convencer o público geral a respeito deles.

Por outro lado, não adianta só você achar o seu produto legal. A partir do momento que se fala de cliente, é preciso falar de proposta de valor, entregas, se o produto resolve o problema de verdade. Pensando do ponto de vista de construção de negócios e no momento de eficiência, o foco precisa ser na solução de problemas reais.


Quer saber mais sobre como levar a sua startup para o próximo nível?
Se você quer ter sua dúvida analisada aqui, mande ela para [email protected]

 

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