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É possível virar um unicórnio sendo B2B?

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Quando vamos direto para as trincheiras conversar com as pessoas que fundam empresas no Brasil, a fotografia é cheia de nuances. Recentemente, entrevistamos 195 founders que nos ajudaram a mapear os negócios que tocam — e, mais importante, traçar um perfil aprofundado de quem funda startups atualmente.

Para analisar essa realidade que nem sempre está visível para todo mundo e foge bastante do estereótipo, convidei duas feras no assunto: Pedro Carneiro, Partner da ACE Ventures, e Guilherme Rocha, Analista de Venture Capital da ACE Ventures para esse papo. Venha com a gente!

Antes da dar o play, eu tenho um recado para quem é fã de carteirinha do podcast: para saber quando o nosso episódio sai em primeira mão, clique neste link aqui e faça parte da nossa rede de transmissão do WhatsApp!

A vocação do empreendedorismo brasileiro

Quem imagina que a realidade das startups no Brasil é feita apenas de grandes rodadas de investimento, crescimento avassalador, ambientes descolados e profissionais cheios de referências a Steve Jobs está enganado. E o time da ACE Ventures tem dados contundentes para provar.

O fato é que a maior parte das startups brasileiras tem taxa de crescimento abaixo de 20%, o que coincide com uma nova imagem para as companhias nacionais. Sim, porque uma fatia considerável delas é bootstrap, ou seja, tem crescimento mais lento e financiado pelo próprio caixa, o que é uma característica tradicional do mercado local.

Essas informações vem direto do nosso relatório Founders Overview, que publicamos em parceria com a Bhub e a a55 há algumas semanas. 

 

Inovando ao redor das ineficiências

Outro traço comum do ecossistema brasileiro que é pouco comentado é a verdadeira vocação para o mercado B2B, com a maioria das startups nacionais direcionando soluções para outras empresas. Nesse caso, há ainda uma outra nuance: nem sempre as startups querem vender para as gigantes do mercado.

De fato, as startups brasileiras querem melhorar o cenário em que estão inseridas. Seja melhorando os pequenos negócios locais ou colaborando para que o mercado consiga superar dificuldades logísticas, ineficiências e a burocracia.

O Founders Overview também revelou o poder de transformação de programas de aceleração, que investem na “categoria de base” das startups brasileiras. Cerca de 80% das startups viram esse conhecimento sendo transformado em resultados melhores.

 

Como as startups pt-br nascem e morrem

Não é de hoje que sabemos que as startups tem uma taxa de mortalidade alta – esse índice é esperado por conta do estilo de negócios mais ágil e arriscado. Um estudo pré-pandemia realizado pela Fundação Dom Cabral aponta que 25% das startups brasileiras fecham as portas após o primeiro ano de existência. Além disso, segundo dados do IBGE, apenas 40% das empresas sobrevivem após cinco anos de atividade.

Ao cruzar essa taxa de mortalidade com a informação de que a maioria das startups no Brasil está nos primeiros anos, é possível apontar uma dificuldade latente: escalar os negócios. Com os dados da Founders Overview podemos indicar que startups que não participaram de programas de aceleração ou mentorias têm mais dificuldade na definição da proposta de valor de seus produtos e têm taxas de crescimento menores.

Aqui vão mais alguns dos principais aprendizados que o Founders Overview trouxe:

  •  O empreendedorismo ainda é visto como uma forma de transformar realidades pelos brasileiros (72,8%).
  • A vocação para B2B é real, a maioria (67%) das startups brasileiras tem como principal modelo a venda para o setor corporativo, não necessariamente para grandes companhias.
  • Mentorias e acelerações têm relação direta com a boa performance das startups. Mais de 80% das startups de maior crescimento tiveram algum tipo de auxílio, cerca de metade dessas passou por programas de aceleração.
  • 44,6% das startups entrevistadas são autofinanciadas (bootstrap) ou levantaram menos de R$ 360 mil.
  • A falta de capital de giro é apontada pelos fundadores como uma das principais dificuldades para tocar as empresas.
  • Startups for sale: o desejo de realizar um M&A é presente em 7 em cada 10 fundadores entrevistados.

 

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