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O que é media for equity?

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O formato de media for equity é praticamente autoexplicativo. Bastante utilizado no campo da publicidade, é um modelo no qual uma empresa oferece marketing/mídia como investimento em troca de participação acionária de uma startup.

Essa prática já acontece há anos, mas ainda desperta curiosidade no ecossistema. Para aprofundar um pouco mais esse assunto, bati um papo com Felipe Hatab, CEO e Founder da 4Equity, que sabe muito do riscado. Será que esse formato serve para qualquer empresa? Quais podem se beneficiar mais desse veículo? Você encontra as respostas logo depois do play!

Antes da dar o play, eu tenho um recado para quem é fã de carteirinha do podcast: para saber quando o nosso episódio sai em primeira mão, clique neste link aqui e faça parte da nossa rede de transmissão do WhatsApp!

 

Media for equity: uma linha direta com os anunciantes

Ao observar as maiores rodadas de investimento em startups no ecossistema brasileiro, é possível tirar duas conclusões: 1) os big rounds são, na grande maioria dos casos, empresas B2C; e 2) uma parte generosa desses investimentos é direcionada para marketing e aquisição de clientes, justamente por conta do modelo de negócios.

O formato de media for equity tenta resolver a necessidade que as startups têm de expansão de marcas, audiência e usuários. Só que, em vez de aportar diretamente dinheiro nas companhias, as empresas investidoras aportam mídia.

Traduzindo em miúdos, quem busca publicidade fornece parte do capital, dos produtos ou dos serviços para uma empresa de mídia em troca de espaço publicitário. O modelo beneficia tanto quem recebe investimento, que tem acesso a publicidade em larga escala (o que é caríssimo), quanto as empresas investidoras, que obtêm fatias de negócios promissores e, via de regra, expandem a atuação dos negócios.

 

Uma nova mídia, um novo tempo

Quer um exemplo de como esse modelo já acontece no mercado brasileiro? Pense em marcas como Stone, Petlove, Buser e Quinto Andar. Em comum, todas são startups focadas no consumidor final e tiveram investimento da Globo Ventures. E é bem provável que você tenha visto anúncios dessas companhias nos intervalos da programação da plim-plim ou mesmo em momentos-chave de programas como o Big Brother Brasil — um dos produtos de maior audiência da emissora.

A injeção de capital feita pela Globo Ventures não é apenas em dinheiro, já que as organizações Globo têm na mídia um diferencial perante outros veículos de investimento. Pense que, para uma startup como a Petlove, uma inserção no intervalo de uma novela é uma vitrine que pouquíssimas empresas têm.

Por outro lado, para a companhia carioca, é extremamente positivo o investimento em outras áreas de negócio além da produção de TV. Afinal de contas, “fazer TV” é caro, tem um futuro incerto e se torna cada dia menos lucrativo, apesar de ainda ser muito relevante. E esse não é um caso único. Apesar de levemente rudimentares, dá para ver traços do modelo na relação entre Jequiti e SBT. Ou uma abordagem levemente diferente no deal Grupo Folha e PagSeguro.

Ao que tudo indica, com o cenário de investimento cada vez mais complexo, o formato de media for equity tende a se tornar mais popular entre fundadores.


Cenas dos próximos capítulos

Se essa dinâmica já existe no Brasil, estamos longe dos números do mercado indiano. Por lá, o The Times Group realizou mais de 900 investimentos em startups. O formato também já é usado pela Televisa, canal mexicano famoso aqui no Brasil por conta das novelas. A empresa mexicana tem até investimento em companhias brasileiras, como o Quinto Andar. No Reino Unido, o Channel 4 é outro exemplo interessante de aplicação do conceito.

E o casamento entre mídia de o formato B2C faz todo sentido, já que quanto maior for o mercado potencial, maior serão a capacidade e a influência da mídia na conquista de novos clientes.


Para quem perdeu alguma cena do episódio de hoje, um resumo:

  • O modelo envolve uma troca de publicidade por uma participação acionária.
  • O formato de financiamento permite uma exposição de larga escala para startups sem que elas tenham que desembolsar uma grande quantidade de dinheiro.
  • Esse formato pode potencializar, principalmente, companhias B2C em busca de novos usuários ou clientes.
  • O objetivo é impulsionar a visibilidade e a exposição da empresa anunciante, enquanto a empresa de mídia expande os negócios, muitas vezes, para um novo setor.

 

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