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Os 4 pilares do coach no desenvolvimento do empreendedor

Growthaholics #346

O podcast de hoje é uma edição mais do que especial por vários motivos. A primeira delas e, provavelmente, a mais curiosa, é o fato de que o meu convidado é uma das pessoas que inspirou a criação do Podcast Growthaholics. Sim, hoje o papo é com meu coach, o Sergio Chaia. Depois de construir uma carreira sólida como diretor de multinacionais como Sodexo, Nextel e Symantec, Sérgio resolveu contribuir de uma forma diferente e virou coach e mentor de CEOs e empreendedores. Tenho certeza que o mergulho de hoje vai te ajudar a tirar ótimas sacadas e talvez até desmistificar alguns preconceitos.

Em busca do ponto futuro

Metas, pressões e desafios são características que unem os esportes de alto rendimento, a vida acadêmica de excelência e uma jornada bem-sucedida no mundo corporativo. Manter a performance individual e coletiva de maneira constante é o que separa o sucesso do fracasso em ambos os cenários. Um bom coach é um profissional que consegue mover as pessoas e times para outros patamares de performance.  

A relação mentoria x desempenho

No caso das startups, o impacto dessa orientação pode ser mensurável e relacionado diretamente com os resultados desses negócios. Na nossa pesquisa Founders Overview revelamos que, entre as startups de maior crescimento, a maioria dos founders (67,6%) realiza pelo menos uma mentoria por mês. E apenas 8,8% dos fundadores dos negócios de maior crescimento não têm esse tipo de orientação como guia. Aqui, vale lembrar que há uma diferença entre um mentor e um coach: enquanto um mentor é uma pessoa que conhece a fundo um tema e entrega conselhos, um profissional de coach acompanha seu coachee (cliente) em um processo de desenvolvimento. Obviamente, isso não exclui que alguns profissionais misturem essas duas habilidades.

O que define um bom coach?

O primeiro passo do processo de coaching é ter o engajamento do coachee. Para isso, é preciso nutrir confiança, transparência e admiração mútuas. Afinal de contas, estamos falando de uma relação de troca. Para fazer o seu papel e acompanhar seus clientes até o ponto em que eles pretendem chegar, um bom coach precisa definir metas que sejam mensuráveis e que representem um verdadeiro incremento de performance. Outro ponto definidor de um verdadeiro mentor é a bagagem e as possibilidades de abordagem que esse profissional consegue trazer para a carreira de seus mentorados. Um exemplo que o próprio Sergio Chaia deu no Growthaholics é o quanto sua vivência como um executivo em multinacionais ajuda no seu contato com outros profissionais em momentos semelhantes.

Empreendedor vs. CEO

Além disso, existem diferenças fundamentais entre o CEO de uma grande corporação e um empreendedor. Aqui, estamos falando de dois perfis completamente distintos, por mais que guardem suas semelhanças. Identificar esses padrões e entender o que significa alta performance para cada um desses perfis é um  fator chave para avaliação de um coach. E para o sucesso no processo. Segundo Sergio, um executivo se preocupa mais com o método, tem uma cadência diferente para performance e precisa lidar com uma cadeia maior de stakeholders. O que é um cenário e ambição totalmente diferente de um empreendedor que precisa se tornar um CEO. Ou seja, está mais preocupado em como resolver problemas de forma rápida, em como aprender a delegar e tem uma abordagem muito mais direta e ansiosa. O que faz todo sentido quando pensamos que nem sempre grandes executivos se adaptam em cargos de startups. Por sua vez, algumas startups se tornam parte de grandes corporações mas não conseguem manter sua cultura ou reter seus fundadores. Todos os livros de negócios vão te dar receitas de sucesso. O que ninguém fala é quanto custa uma reunião improdutiva ou um movimento de contratação errado? Isso porque, em diversos casos, o tempo gasto com a atração, contração, adaptação, avaliação e substituição de um executivo pode trazer um atraso de anos para as empresas.

As dicas de um coach para empreendedores

Liderar não é um papel fácil, e a equação de um ambiente de alta performance envolve: desafio, aprendizado, reconhecimento e pertencimento. Se o líder entregar esses quatro pilares para quem trabalha no seu time, a chance dessas pessoas de estarem motivadas e engajadas é muito maior. Com ajuda do Sergio, listei esses quatro pilares e como os empreendedores podem desenvolvê-los:
  • Senso de pertencimento: todos querem deixar sua marca, não adianta contratar um baita profissional e não deixar que essa pessoa dê seu toque autoral no desenvolvimento da empresa.
  • Desafio: um profissional de altíssimo potencial, precisa ser desafiado para entregar mais. Para isso, às vezes é preciso tirar as pessoas da zona de conforto.
  • Aprendizado: as pessoas do seu time precisam saber que estão aprendendo. Garanta que você está propiciando espaços de aprendizado para o time.
  • Reconhecimento: um dos grandes pecados dos empreendedores é fazer as críticas em público e elogiar no privado. O que é justamente o contrário do que devem fazer. Essa questão de agradecimento e celebração tem um efeito de motivação e engajamento brutal.
 
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