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Imagine só, investir em uma estrutura, contratar gente, colocar uma boa grana no desenvolvimento e até em marketing para, no fim do dia, seu produto não despertar o interesse de absolutamente ninguém. A validação de negócios é um “pedágio” que garante que esse tipo de erro não ocorra.
Para compartilhar esses aprendizados de uma maneira bem didática e “vida real”, convidei o Daniel Alves, co-founder da Upik, e o Lucas Menegazzo, Analista de Venture Building da ACE Ventures. Venha com a gente entender como validar seus negócios!
Antes da dar o play, eu tenho um recado para quem é fã de carteirinha do podcast: para saber quando o nosso episódio sai em primeira mão, clique neste link aqui e faça parte da nossa rede de transmissão do WhatsApp!
Validação salva startups e posso provar
Nem todo mundo sabe, mas eu já tive uma startup para reservas em restaurantes. Estou falando de uma época em que a conexão nos restaurantes ainda não era tão boa. Isso mesmo, o Wi-Fi ainda ficava a desejar. Nossa hipótese (não validada) era que os restaurantes precisariam de uma conexão muito boa – ou serem capazes de acessar offline o serviço.Imagine o que isso significa: algo que era para estar pronto em um mês demorou mais de seis meses para ser desenvolvido e, obviamente, não rodava bem. Para piorar, um concorrente realizava o mesmíssimo serviço de maneira mais simples via navegador. O que aconteceu com a conexão dos restaurantes? Eles contrataram conexões banda larga melhores – afinal, era algo que teriam que fazer de qualquer forma.
Esse é só um exemplo do impacto que a não validação tem no resultado final do ritmo e da duração de uma empresa. E o que é essa tal de validação?
Sair e validar, é só começar
Se você achou essa descrição parecida com a linha do tempo de um projeto de pesquisa acadêmico, essas semelhanças não são coincidência. A validação adapta a ideia de pensamento científico – e joga ela direto nas trincheiras.
O que uma startup quer validar?
Escuta (e validação) ativa
Por outro lado, perceber o cenário ali na trincheira (ou seja) na prática também tem seu valor. Na verdade, diria que o passo número #01 de qualquer processo de validação é ouvir, conversar e tentar entender para quem você pode vender o produto. Traduzindo: qual a dor que de fato o produto vai resolver.
É claro que essa não é uma jornada linear, mas é possível combinar dados primários (coletados via pesquisa própria) e secundários (com base em fontes disponíveis) e montar as próprias teorias sobre o mercado – e embasar ao máximo o próximo passo.
Smoke and mirrors
Aqui, estamos falando de um MVP, teste de fumaça ou de um protótipo que ajude a provar o conceito. Ter a consciência de que o processo de desenvolvimento de uma startup é dinâmico e exige adaptações faz toda a diferença. Em especial, os fundadores precisam se manter flexíveis para mudar à medida que o negócio enfrenta seus primeiros desafios.
Uma lição importante é não idealizar a forma como você prova o valor do seu negócio. Traduzindo: não necessariamente uma empresa precisa começar com tecnologia de ponta. Tenho algumas histórias muito boas de startups que validaram seus conceitos na base da conexão entre Google Forms + WhatsApp (e não tô falando da Uber). Foi o caso, por exemplo, da Upik. Recomendo fortemente que você escute o papo com o co-fundador, Daniel Alves, no podcast de hoje.
Sempre dá para acelerar
Ferramentas como Figma, Bubble, Canva e várias outras podem ajudar em testes de fumaça, landing pages e testar seus produtos economizando tempo de desenvolvimento inicialmente. Retomando o exemplo inicial, às vezes, você acha que está andando rápido e pulando etapas de validação quando, na verdade, está indo muito mais lento do que poderia.
Algumas das lições:
- Pesquisas detalhadas ajudam a entender as necessidades e dores dos clientes
- Vá a campo: converse com quem seria o público-alvo do seu produto/serviço para obter feedback direto sobre a ideia
- Não se apaixone pela solução e sim pelo problema: lembre-se que o desenvolvimento de um produto precisa ser flexível
- Pular etapas pode parecer a forma mais rápida de avançar com o negócio, mas pode fazer com que você desenvolva algo que não é necessário (e deixar sua startup mais lenta)
- Valide suas hipóteses das mais críticas para as menos críticas, não se perca em questões intermediárias
- Procure ajuda: aceleração, mentorias e conselhos de outros empreendedores podem ajudar na hora de focar no que realmente importa
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