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Os erros comuns na validação de uma startup

Este foi o conteúdo da edição n° 355 da newsletter Growthaholics. Caso queira receber em primeira mão o conteúdo toda segunda-feira, torne-se um assinante de forma fácil e gratuita!

Imagine só, investir em uma estrutura, contratar gente, colocar uma boa grana no desenvolvimento e até em marketing para, no fim do dia, seu produto não despertar o interesse de absolutamente ninguém. A validação de negócios é um “pedágio” que garante que esse tipo de erro não ocorra.

Para compartilhar esses aprendizados de uma maneira bem didática e “vida real”, convidei o Daniel Alves, co-founder da Upik, e o Lucas Menegazzo, Analista de Venture Building da ACE Ventures. Venha com a gente entender como validar seus negócios!

Antes da dar o play, eu tenho um recado para quem é fã de carteirinha do podcast: para saber quando o nosso episódio sai em primeira mão, clique neste link aqui e faça parte da nossa rede de transmissão do WhatsApp!

Validação salva startups e posso provar

Nem todo mundo sabe, mas eu já tive uma startup para reservas em restaurantes. Estou falando de uma época em que a conexão nos restaurantes ainda não era tão boa. Isso mesmo, o Wi-Fi ainda ficava a desejar. Nossa hipótese (não validada) era que os restaurantes precisariam de uma conexão muito boa – ou serem capazes de acessar offline o serviço.

Imagine o que isso significa: algo que era para estar pronto em um mês demorou mais de seis meses para ser desenvolvido e, obviamente, não rodava bem. Para piorar, um concorrente realizava o mesmíssimo serviço de maneira mais simples via navegador. O que aconteceu com a conexão dos restaurantes? Eles contrataram conexões banda larga melhores – afinal, era algo que teriam que fazer de qualquer forma.

Esse é só um exemplo do impacto que a não validação tem no resultado final do ritmo e da duração de uma empresa. E o que é essa tal de validação?
 

Sair e validar, é só começar

Essencialmente, o processo de validação de uma startup é um teste de hipóteses. Afinal de contas, todo mundo que inicia um negócio tem uma questão ou problema para resolver. Partindo dessa premissa, é hora de ir para campo com um método, uma meta esperada. Coletadas essas informações, é hora de analisar resultados e, aí sim, partir para a produção.

Se você achou essa descrição parecida com a linha do tempo de um projeto de pesquisa acadêmico, essas semelhanças não são coincidência. A validação adapta a ideia de pensamento científico – e joga ela direto nas trincheiras.
O que uma startup quer validar?
Basicamente, o potencial – seja de um cliente, produto ou solução. Um empreendedor ou gestor de inovação pode validar uma ideia via MVP, entrevistas com clientes em potencial, com um teste de fumaça, pesquisa, dentre outros métodos (falamos mais de cada um a seguir).
 

Escuta (e validação) ativa

A euforia de colocar um serviço na rua nem sempre joga a favor das pessoas que empreendem. E esse é um erro comum para quem sabe o que quer entregar, mas não tem a mínima ideia de como chegar a uma jornada satisfatória para seus consumidores.

Por outro lado, perceber o cenário ali na trincheira (ou seja) na prática também tem seu valor. Na verdade, diria que o passo número #01 de qualquer processo de validação é ouvir, conversar e tentar entender para quem você pode vender o produto. Traduzindo: qual a dor que de fato o produto vai resolver.

É claro que essa não é uma jornada linear, mas é possível combinar dados primários (coletados via pesquisa própria) e secundários (com base em fontes disponíveis) e montar as próprias teorias sobre o mercado – e embasar ao máximo o próximo passo.
 

Smoke and mirrors

E esse embasamento é importante porque é justamente na sequência que a mágica realmente acontece: o que você faz com tanto conhecimento coletado? O passo #02 da validação é transpor essas informações e transformá-la em algo mais palpável: iniciar o desenvolvimento do produto.

Aqui, estamos falando de um MVP, teste de fumaça ou de um protótipo que ajude a provar o conceito. Ter a consciência de que o processo de desenvolvimento de uma startup é dinâmico e exige adaptações faz toda a diferença. Em especial, os fundadores precisam se manter flexíveis para mudar à medida que o negócio enfrenta seus primeiros desafios.

Uma lição importante é não idealizar a forma como você prova o valor do seu negócio. Traduzindo: não necessariamente uma empresa precisa começar com tecnologia de ponta. Tenho algumas histórias muito boas de startups que validaram seus conceitos na base da conexão entre Google Forms + WhatsApp (e não tô falando da Uber). Foi o caso, por exemplo, da Upik. Recomendo fortemente que você escute o papo com o co-fundador, Daniel Alves, no podcast de hoje.
 

Sempre dá para acelerar

Por outro lado, com a explosão de ferramentas de inteligência artificial e soluções de low ou no-code é possível acelerar esse processo de desenvolvimento de MVP. Assim, é possível criar uma experiência mais próxima de um produto final, só que mais simples. O próprio ChatGPT pode ser usado para auxiliar na criação de protótipos e testar algumas ideias.

Ferramentas como Figma, Bubble, Canva e várias outras podem ajudar em testes de fumaça, landing pages e testar seus produtos economizando tempo de desenvolvimento inicialmente. Retomando o exemplo inicial, às vezes, você acha que está andando rápido e pulando etapas de validação quando, na verdade, está indo muito mais lento do que poderia.
 

Algumas das lições:

  • Pesquisas detalhadas ajudam a entender as necessidades e dores dos clientes
  • Vá a campo: converse com quem seria o público-alvo do seu produto/serviço para obter feedback direto sobre a ideia
  • Não se apaixone pela solução e sim pelo problema: lembre-se que o desenvolvimento de um produto precisa ser flexível
  • Pular etapas pode parecer a forma mais rápida de avançar com o negócio, mas pode fazer com que você desenvolva algo que não é necessário (e deixar sua startup mais lenta)
  • Valide suas hipóteses das mais críticas para as menos críticas, não se perca em questões intermediárias
  • Procure ajuda: aceleração, mentorias e conselhos de outros empreendedores podem ajudar na hora de focar no que realmente importa

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